quinta-feira, 25 de agosto de 2011

VISITA A UFRJ DOS ALUNOS DO CIEP 310 - PROJETO CONHECENDO A UFRJ



CONHECENDO A UFRJ

Alunos do 3º ano do ensino médio do CIEP 310 conhecendo as instalações da UFRJ e um pouco sobre os cursos que a universidade oferece, através de palestras para os futuros estudantes. Nas palestras  foram apresentados os aspectos pertinentes aos cursos como: grade curricular, média salarial, mercado de trabalho, modo de ingresso, programa de auxílio aos alunos carentes,etc. Os alunos puderam também fazer perguntas tirando algumas dúvidas sobre as futuras profissões. Vale destacar a importância deste contato dos alunos da rede pública de ensino com as universidades públicas visando à inserção destes jovens em instituições que oferecem ensino superior de qualidade e que ,na maioria das vezes, suas vagas são preenchidas por alunos da rede particular. De acordo com os ideais de Democracia, todos, independente de cor, religião, classe social, etnia,  possuem o direito de um ensino superior de qualidade para construção de uma sociedade mais justa.



domingo, 21 de agosto de 2011

CERGS - TURMAS 2001 E 2002 - 3º BIMESTRE - FILOSOFIA - (1ª PARTE) AULA SOBRE AS VÁRIAS FORMAS DO CONHECIMENTO.


AS VÁRIAS FORMAS DO CONHECIMENTO HUMANO NA FILOSOFIA (1ª PARTE)

Epistemologia = Conhecimento Humano
O conhecimento humano é fruto da interação entre o sujeito e o objeto.
Concreto o que construímos a partir da experiência sensível, pontual, particular  ( um ser humano, um gato,  uma fruta, etc.).
abstrato o conhecimento mais distante do da realidade concreta, o qual diz respeito a elaboração de conceitos mais gerais e universais tais como humanidade, justiça.
TIPOS DE CONHECIMENTO
O SENSO COMUM é um conhecimento espontâneo,
O CONHECIMENTO RELIGIOSO é voltado para o sagrado.
O CONHECIMENTO FILOSÓFICO  é um conhecimento totalizante e lógico, revela sua beleza e dramaticidade.
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO        ( Ciências da natureza) é essencialmente experimental.
RACIONALIDADE E NEUTRALIDADE DA CIÊNCIA  o conhecimento científico tem a neutralidade absoluta e por nada é afetado, assemelha-se a uma fortaleza hermética e inexpugnável, quase sagrada.

PLATÃO E A FUNDAÇÃO DA METAFÍSICA
Metafísica – Refere-se aquilo que está, além da física que a transcende.
Segundo Platão a primeira navegação, ( filosofia naturalista)  entregue somente, à força e influência  da   física e  de  seus  elementos ( terra, água, fogo, ar, etc,), mostrou-se  ineficaz
para explicar a complexidade não só do universo humano, mas também de muitos aspectos do mundo real. Sendo assim ele se julga responsável pela nova empreitada que abriria ao ocidente uma nova dimensão a metafísica. Com a proposta de descobrir as verdadeiras causas do real, além das causas físicas ( O ser inteligível).
A TEORIA DAS IDÉIAS
Para Platão as idéias que estão no hiperurânio (mundo das idéias, ideal, inteligível) são os verdadeiros e supremos paradigmas e causas do mundo sensível (o mundo das cópias imperfeitas, das sombras de tudo que existe no mundo inteligível) abandonando esse conhecimento imperfeito temos mais chances de alcançar o conhecimento perfeito. (hiperurânio).
CONCEPÇÃO DUALISTA DE HOMEM
            O ser humano é constituido de corpo e alma, e o primeiro é uma espécie de cárcere da segunda, que é eterna e pode ser compreendida a partir de três aspectos básicos: concupiscível ( cobiça,apetite sexual excessivo); o irascível ( cólera , desejo de vingança) e o racional ( razão).
Esse contexto dualista deixaria uma missão para o homem, de aperfeiçoar a alma, valorizando seu aspecto racional, para se ver livre das amarras do corpo.

 O CONHECIMENTO COMO LEMBRANÇA E SEUS GRAUS: A OPINIÃO E A CIÊNCIA
Reminiscência e anamnse  – o esforço humano para lembrar das coisas do mundo ideal, como Platão designa o processo de conhecimento.
 Doxa – conhecimento imperfeito, próprio mundo sensível, as meras opiniões.
 Episteme – a ciência do conhecimento pela excelência, o conhecimento ideal.
Para Platão os homens tiveram em um dado momento, como morador do mundo das idéias. No entanto quando encarnadas as almas se tornam prisioneiras do corpo. Assim toda busca pelo conhecimento nada mais é do que o esforço para lembrar daquilo que outrora conhecemos, e passar assim da doxa para a episteme. ( teoria da reminiscência).

ARISTÓTELES E O REALISMO
Enquanto Platão considerava o processo de conhecimento um conjunto de eventos da alma, Aritóteles os vê como elementos indispensáveis a esse processo. Com os dados que aprendemos por meio do sentido e guardamos em nossa memória, damos o primeiro passo ao conhecimento.
TIPOS DE CONHECIMENTO
Aristóteles dividiu as ciências em: teoréticas são os que buscam o conhecimento pelo conhecimento, não implica transformação de objetos,  essencilmente reflexivo; prático tem como finalidade a perfeição ético-política, tem como agente, causa e finalidade no próprio homem e sua vontade racional e a poiéticas referem-se ao engenho humano, à capacidade humana de fabricar e transformar.
SUBSTÂNCIA, ESSÊNCIA E ACIDENTE
Substância é uma categoria imprencindível para existencia de todas as coisas. Essência é o que não é desacartável, sem o qual as coisas perderiam sua identidade. Já acidente pode estar ou não presente, que a identidade das coisas não se altera.
EX: Na substância do ser humano, a racionalidade é essencial, mas a magreza é acidental.

HILAMORFISMO OU TEORIA DA MATÉRIA E FORMA
Hilaformismo é uma teoria segundo a qual todos os corpos do universo são compostos por dois princípios distintos, porém complementares: a matéria e a forma.
Sem matéria, não há realidade sensível.

TEORIA DO ATO E POTÊNCIA
Há relação entre as teorias do ato e potência e da matéria e forma.
EX: Uma folha lisa de papel é em potencial, um barquinho, pois se tornará um quando receber a forma de barco pelas mãos de alguém.

ATO PURO, PRIMEIRO MOTOR, DEUS
            Tudo o que existe contém, como vimos, ato e potência. Um dia não existiu e precisou que algo o movesse para sua existência. Ex: Este computador em que digito este texto tem, como tudo, ato e potência, um dia não existiu, precisou dos técnicos para isso, que um dia não existiu e precisou de seus pais para isso, e daí por diante.

AS QUATRO CAUSAS
 O filósofo não aponta uma, mas quatro causas para todas as coisas existirem:
 Causa material
Diz respeito a matéria que compõe alguma coisa
Causa eficiente
Diz respeito a quem ou o que, efetivamente proporcionou o movimento que fez com que a coisa acontecesse.
Causa formal
Diz respeito à forma da coisa, aquilo que a identifica.
Causa final
Diz respeito a finalidade última da coisa.

FÍSICA E ASTRONOMIA
O movimento é a passagem da potência para o ato.
Exemplos
Substância
Geração e corrupção
Quando um ser nasce ( geração) Quando morre ( corrupção).

COMPOSIÇÃO DOS CORPOS
Segundo Aristóteles os corpos de nosso mundo são compostosde água, terra, água, fogo e ar. Os corpos celestes são compostos por éter.

O GEOCENTRISMO ARISTÓTELICO
A teoria geocentrica também chamada de teoria aristotélicoptolomaica, por ter sido elaborada por Cláudio Ptolomeu, astrônomo e geógrafo grego do século II com base nas idéias de Aristóteles. Essa teoria diz que a Terra e imóvel e a seu redor gira todo o restante do universo.
A concepção aristotélica de universo marcou de maneira decisiva o ocidente, foi assimilada por outros pensadores e perdurou até o século XVII, quando assumindo as teses copernicanas, Galileu Galilei consegui derrubar o geogentrismo aristotélico.

A FORMAÇÃO DO HOMEM DE FÉ
Tanto a Patrística ( é uma síntese entre a filosofia clássica e a religião cristã desenvolvida pelos chamados Padres da Igreja) quanto a Escolática foram filosofar na fé. Santo Agostinho, representante ilustre da Patrística. É necessário crer para entender e entender para crer, para o filósofo cristão, a filosofia é apenas um
instrumento voltado para compreensão das verdades de fé.
A diferença entre Platão e Agostinho está no fato  de que o primeiro considera o conhecimento da verdade como uma lembrança de conteúdos passados enquanto que o segundo a considera uma luz eterna que procede de Deus possibilitando o conhecimento de verdades eternas

ESCOLÁSTICA
Escolástica designa as reflexões que foram desenvolvidas nas escolas medievais, com o objetivo de usar a filosofia como instrumento de estruturação da teologia cristã).
Os temas básicos estavam ligados as questões concernentes a Deus e a religião, bem como nas questões metafísicas ligadas principalmente à filosofia aristotélica.

Copérnico, Galileu, Newton, Descartes e Bacon lideram a constituição do novo paradigama. O homem abandonou aos poucos, a explicação de caráter religioso, que tomavam conta de seu imaginário e buscou a constituição de uma racionalidade autônoma.

NICOLAU COPÉRNICO
FUNDADOR DA ASTRONOMIA MODERNA
             Não participou do movimento chamado Revolução Científica. Sua teoria heliocêntrica, o sol como centro do universo) pos em apuros o geocentrismo aristotélico-ptolomaico fornencendo subsídios para derrubarem os paradgmas medievais.








sexta-feira, 19 de agosto de 2011

VÍDEO DA MÚSICA "CLASSE MÉDIA" DE MAX GONZAGA UTILIZADA NA AULA DE SOCIOLOGIA SOBRE ESTRATIFICAÇÃO E MOBILIDADE SOCIAL NO 1º ANO DO CIEP 310

CIEP 310 - 2º ANO - SOCIOLOGIA - 3º BIMESTRE - ATIVIDADE AVALIATIVA SOBRE O FILME "A ONDA"


SOBRE O FILME "A ONDA".

"A Onda", filme que retrata a forma como os indivíduos tornam-se adeptos de regimes autocráticos, perdendo sua emancipação e sua própria identidade. Podemos também analisar o perigo da centralização do poder e da existência de líderes que podem levar uma nação ou um determinado grupo ao caos.

ATIVIDADE SOBRE O FILME.

1- Qual o tema do filme? O que os realizadores do filme tentaram nos contar? Eles conseguiram passar sua mensagem? Justifique sua resposta.
2- Você aprendeu alguma coisa com este filme? O quê?
3- Qual o seu personagem favorito no filme? Por quê?
4- Qual personagem de que você menos gostou? Por quê?
5- Distinguir os princípios fundamentais do  Fascismo italiano.
6- Definir os princípios fundamentais do Nazismo.
7- Dê um exemplo histórico que se assemelhe com o que ocorreu no filme "A Onda".
8- Seria possível atualmente a existência de alguma forma de poder parecida ou equivalente a que foi mostrada no filme? Justifique a sua resposta.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

3º BIMESTRE - 1º ANO - CIEP 310 - AULA DE FILOSOFIA - FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA

AULA SOBRE FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA
PERÍODO QUE ABRANGE AS REFLEXÕES FILOSÓFICAS DESDE TALES DE MILETO, NO SÉCVII a.C., ATÉ O SURGIMENTO DE SÓCRATES, NO SÉC.V a.C.
PODEMOS DIVIDIR ESTE PERÍODO EM DUAS ESCOLAS;
  1. ESCOLA JÔNICA
  2. ESCOLA ITALIANA

ESCOLA JÔNICA
CARACTERIZA-SE SOBRETUDO PELO INTERESSE PELA PHYSIS, PELAS TEORIAS SOBRE A NATUREZA.
ESCOLA ITALIANA
CARACTERIZA-SE POR UMA VISÃO DE MUNDO MAIS ABSTRATA, MENOS VOLTADA PARA UMA EXPLICAÇÃO NATURALISTA DA REALIDADE, PRENUNCIANDO EM CERTO SENTIDO     O
SURGIMENTO DA LÓGICA E DA METAFÍSICA,SOBRETUDO NO QUE DIZ RESPEITO AOS  ELEATAS.
Metafísica - constitui um saber que pretende penetrar no que está situado para além ou detrás do ser físico enquanto tal.
FILÓSOFOS DA ESCOLA JÔNICA
  1. TALES DE MILETO E SEUS DISCÍPULOS, ANXIMANDRO E ANAXÍMENES.
  2. XENÓFANES DE COLOFON
  3. HERÁCLITO DE ÈFESO
FILÓSOFOS DA ESCOLA ITALIANA
  1. PITÁGORAS DE SAMOS, ALCMEON DE CROTONA, FILOLAU DE CROTONA E A ESCOLA PITAGÓRICA.
  2. PARMÊNIDES DE ELEIA, E A ESCOLA ELEÁTICA: ZENÃO DE ELÉIA E MELISSO DE SAMOS.
SEGUNDA FASE DO PENSAMENTO PRÉ-SOCRÁTICO, DENOMINADA POR VEZES DE PLURALISTA.
FILÓSOFOS:
  1. ANAXÁGORAS DE CLAZÔMENA.
  2. ESCOLA ATOMISTA; LEUCIPO DE ABDERA E DEMÓCRITO DE ABDERA.
  3. EMPÉDOCLES DE AGRIMENTO.

ESCOLA JÔNICA

TALES DE MILETO
CARACTERÍSTICAS:
  1. EXPLICAR A REALIDADE NATURAL APARTIR DELA MESMA, SEM NENHUMA REFERÊNCIA AO SOBRENATURAL OU AO MISTERIOSO, FORMULANDO ADOUTRINA DA ÁGUA COMO ELEMENTO PRIMORDIAL.
  2. CARÁTER CRÍTICO DE SUA DOUTRINA, ADMITINDO E TALVEZ MESMO ESTIMULANDO QUE SEUS DISCÍPULOS DESENVOLVESSEM OUTROS PONTOS DE VISTA E ADOTASSEM OUTROS PRINCÍPIOS EXPLICATIVOS.
ANAXIMANDRO
CARACTERÍSTICAS:
  1. PRINCIPAL DISCÍPULO DE  E SUCESSOR DE TALES DE MILETO
  2. PROPÔS, O APEIRON (O ILIMITADO OU O INDETERMINADO) COMO PRIMEIRO PRINCÍPIO.
  3. PODE SER CONSIDERADA UM ESFORÇO NA DIREÇÃO DE UMA EXPLICAÇÃO MAIS ABSTRATA.
ANAXÍMENES
CARACTERÍSTICAS:
  1. ADOTOU POR SUA VEZ O AR (PNEUMA) COMO ARQUÉ, UMA VEZ QUE O AR É INCORPÓREO E SE ENCONTRA EM TODA PARTE.
  2. FOI UMA TENTATIVA DE ENCONTRAR, EM UM ELEMENTO DE CARÁTER INVISÍVEL E INCORPÓREO, UMA EXPLICAÇÃO MAIS ABSTRATA DA RALIDADE FÍSICA.

XENÓFANES
CARACTERÍSTICAS
  1. PRECURSOR DO PENSAMENTO DOS ELEATAS.
  2. ATACOU EM SUA DOUTRINA O ANTROPOMORFISMO TÍPICO DA TRADIÇÃO RELIGIOSA GREGA.
  3. DEFENDEU A IDÉIA DE UM DEUS ÚNICO QUE, SEGUNDO ALGUNS, SE IDENTIFICA COM A PRÓPRIA NATUREZA.
  4. ADOTA COMO ELEMENTO PRIMORDIAL A TERRA ONDE SE ORIGINARIAM TODAS AS COISAS.
ESCOLA ITALIANA

PITÁGORAS
CARACTERÍSTICAS:
  1. REPRESENTA A PERMANÊNCIA DE ELEMENTOS MÍTICOS E RELIGIOSOS NO PENSAMENTO FILOSÓFICO.
  2. DEFENDE UMA CONCEPÇÃO DE IMORTALIDADE E DE TRANSMIGRAÇÃO (METEMPSICOSE) DA ALMA.
  3. DEFENDEU A DOUTRINA SEGUNDO A QUAL O NÚMERO É O ELEMENTO BÁSICO EXPLICATIVO DA REALIDADE.
  4. TEVE GRANDE IMPORTÂNCIA NO DESENVOLVIMENTO DA MATEMÁTICA GREGA.
  5. CONCEPÇÃO, QUE BUSCA UM PRINCÍPIO GEOMÉTRICO DE PROPORÇÃO COMO REPRESENTANTE DA HARMONIA CÓSMICA.
  6. A CONCEPÇÃO DO NÚMERO COMO ELEMENTO PRIMORDIAL REFLETE-SE NA TETRACTYS, OU “GRUPO DOS QUATRO”, OS QUATRO PRIMEIROS ALGARISMOS (1,2,3,4) QUE SOMAM DEZ E PODEM SER DISPOSTOS EM FORMA TRIANGULAR.

SEGUNDA FASE DO PENSAMENTO PRÉ-SOCRÁTICO

DESENVOLVERAM SUAS TEORIAS A PARTIR DE INFLUÊNCIAS DE ESCOLAS DE PENSAMENTO QUE A ANTECEDEU.
VALORIZAVA UMA CONCEPÇÃO DO MUNDO NATURAL COMO MÚLTIPLO E DINÂMICO.
FILÓSOFOS:
  1. ANAXÁGORAS DE CLAZÔMENA
  2. EMPÉDOCLES DE AGRIMENTO
  3. ESCOLA ATOMISTA – LEUCIPO E DEMÓCRITO
  4. MONISMO x MOBILISMO: HERÁCLITO x PARMÊNIDES
  5. MELISSO DE SAMOS
  6. ZENÃO DE ELÉIA

ANAXÁGORAS
CARACTERÍSTICAS:
  1. CONCEBEU A REALIDADE COMO COMPOSTA DE UMA MULTIPLICIDADE INFINITA DE ELEMENTOS A QUE DENOMINA DE HOMEOMERIAS.
  2. USA O TERMO NOUS (ESPÍRITO) NO SENTIDO DE CAUSA DA EXISTÊNCIA DO COSMO, OU DE PRIMEIRO MOTOR.
  3. EXPLICA QUE TODAS AS SUBSTÂNCIAS DE PARTES IGUAIS (HOMEOMERIAS), COMO ÁGUA E O FOGO, SÃO GERADAS E DESTRUIDAS POR COMBINAÇÃO E SEPARAÇÃO, PORTANTO, NEM SÃO GERADAS, NEM DESTRUÍDAS, MAS PERSISTEM ETERNAMENTE.
EMPÉDOCLES
CARACTERÍSTICAS:
  1. CONHECIDO POR SUA DOUTRINA DOS 4 ELEMENTOS (ÁGUA, FOGO, TERRA E AR).
  2. ESSES ELEMENTOS SÃO VISTOS COMO RAÍZES (RIZÓMATA) DE TODAS AS COISAS, E DE SUA COMBINAÇÃO RESULTA A PLURALIDADE DO MUNDO NATURAL.
ESCOLA ATOMISTA
LEUCIPO E DEMÓCRITO
CARACTERÍSTICAS:
  1. LEUCIPO É CONSIDERADO O FUNDADOR DA ESCOLA ATOMISTA.
  2. PARA LEUCIPO  E DEMÓCRITO A DOUTRINA ATOMISTA BASEIA-SE NA FORMULAÇÃO DO ÁTOMO COMO ELEMENTO PRIMORDIAL.
  3. TUDO É COMPOSTO POR ÁTOMOS, QUE SE AGREGAM E DESAGREGAM E ASSIM DÃO ORIGEM, ORA A VIDA, ORA A MORTE DO ORGANIISMO QUE FORMAM.

MONISMO X MOBILISMO     HERÁCLITO X PARMÊNIDES
HERÁCLITO (MOBILISTA)
CARACTERÍSTICAS:
  1. A REALIDADE NATURAL SE CARACTERIZA PELO MOVIMENTO, ESTANDO TODAS AS COISAS EM FLUXO.
  2. APESAR DE CONCEBER A IDÉIA DE QUE TUDO É MOVIMENTO, TUDO ESTÁ EM FLUXO, A REALIDADE PARA ELE POSSUI UMA UNIDADE BÁSICA, UMA UNIDADE NA PLURALIDADE.
  3. HERÁCLITO VÊ A REALIDADE MARCADA PELO CONFLITO DOS OPOSTOS PARA A GARANTIA DO EQUILÍBRIO. EX: NOITE E DIA, CALOR E FRIO, VIDA E MORTE.
  4. O FOGO É TOMADO COMO ELEMENTO PRIMORDIAL.
  5. “NÃO PODEMOS BANHAR-NOS DUAS VEZES NO MESMO RIO, PORQUE O RIO NÃO É MAIS O MESMO”. O RIO REPRESENTA O MOVIMENTO ENCONTRADO EM TODAS AS COISAS.
  6. O CONFLITO É A CAUSA DO MOVIMENTO.
PARMÊNIDES (MONISTA)
CARACTERÍSTICAS:
  1. DOUTRINA QUE DEFENDE UMA REALIDADE ÚNICA
  2. PENSAMENTO FILOSÓFICO QUE FAZ DISTINÇÃO ENTRE REALIDADE E APARÊNCIA.
  3. SE FORMOS ALÉM DE NOSSA EXPERIÊNCIA SENSÍVEL, DE NOSSA VISÃO IMEDIATA DAS COISAS, DESCOBRIREMOS, ATRAVÉS DO PENSAMENTO, QUE A VERDADEIRA REALIDADE É ÚNICA, IMÓVEL, IMUTÁVEL, SEM PRINCÍPIO, NEM FIM, CONTÍNUA E INDIVISÍVEL.
PARMÊNIDES (MONISTA)
CARACTERÍSTICAS:
  1. PARMÊNIDES ENTENDIA QUE SÓ SE PODE ENTENDER A MUDANÇA SE HÁ ALGO DE ESTÁVEL QUE PERMANECE E ME PERMITE IDENTIFICAR O OBJETO COMO O MESMO.
  2. “É O MESMO O SER E O PENSAR” – SIGNIFICA QUE A RACIONALIDAE DO REAL E A RAZÃO HUMANA SÃO DA MESMA NATUREZA.
  3. PARA PODER PENSAR O SER E CONHECÊ-LO O HOMEM DEVE SEGUIR O CAMINHO DA VERDADE ATRAVÉS DO PENSAMENTO E DA RAZÃO.
MELISSO DE SAMOS (MONISTA)
CARACTERÍSTICAS:
  1. O SER COMO ETERNO, IMUTÁVEL, ATEMPORAL E INCRIADO DISCÍPULO DE PARMÊNIDES.
  2. DEFENSOR DA FILISOFIA MONISTA ELEÁTICA.
  3. DOUTRINA QUE ENTENDE.
ZENÃO DE ELÉIA (MONISTA)
CARACTERÍSTICAS:
  1. UM DOS MAIS FAMOSOS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS, SOBRETUDO DEVIDO AOS PARADOXOS (é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica ).
  2. CONSIDERADO COMO OPOSITOR AO SENSO COMUM.
  3. OS ARGUMENTOS DE ZENÃO SÃO DE NATUREZA TEÓRICA E CONCEITUAL, OU SEJA, EXPLICAR O QUE A NOSSA EXPERIÊNCIA COMUM CONSTATA.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

3º BIMESTRE - 1º ANO - CIEP 310 - AULA DE SOCIOLOGIA - ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL - DESIGUALDADES SOCIAIS - MOBILIDADE SOCIAL





FORMAS DE ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL – DESIGUALDADES SOCIAIS E MOBILIDADE SOCIAL
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
         O TERMO ESTRATIFICAÇÃO DERIVA DE: ESTRATO
         ESTRATO = CAMADA
         CONCEITO: POR ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL ENTENDEMOS A DISTRIBUIÇÃO DE  PESSOAS  E  GRUPOS EM CAMADAS HIERARQUICAMENTE  SUPERPOSTAS  DENTRO  DE  UMA SOCIEDADE.
         OBS: ESSA DISTRIBUIÇÃO SE DÁ PELA POSIÇÃO SOCIAL DOS INDIVÍDUOS, DAS ATIVIDADES QUE ELES EXERCEM E  DOS  PAPÉIS  QUE  DESEMPENHAM  NA   ESTRUTURA SOCIAL

TIPOS DE ESTRATIFICAÇÃO
         ESTRATIFICAÇÃO ECONÔMICA  – DEFINIDA PELA POSSE DE  BENS  MATERIAIS, CUJA  DISTRIBUIÇÃO POUCO EQUITATIVA FAZ COM      QUE HAJA PESSOAS RICAS, POBRES  E EM SITUAÇÃO INTERMEDIÁRIA.
         ESTRATIFICAÇÃO POLÍTICA – ESTABELECIDA PELA POSIÇÃO DE MANDO NA SOCIEDADE (GRUPOS QUE TÊM PODER E GRUPOS QUE NÃO TÊM).
         ESTRATIFICAÇÃO PROFISSIONAL – BASEADA NOS DIFERENTES GRAUS DE IMPORTÂNCIA ATRIBUÍDOS A CADA PROFISSIONAL PELA SOCIEDADE
         OBS: COMO JÁ VIMOS, OS ASPECTOS ECONÔMICOS, POLÍTICOS, SOCIAIS E CULTURAIS DE UMA SOCIEDADE ESTÃO INTERLIGADOS, NO ENTANTO, AO LONGO DA HISTÓRIA, O ASPECTO ECONÔMICO TEM SIDO MAIS DETERMINANTE DO QUE OUTROS.

TIPOS DE SOCIEDADES E COMO PODEM SER ORGANIZADAS NO SISTEMA DE ESTRATOS
         SOCIEDADE DE CASTAS – OCORRE NA ÍNDIA.
         SOCIEDADE ESTAMENTAL OU ESTADOS – OCORREU NA EUROPA DURANTE O FEUDALISMO.
         SOCIEDADE DE CLASSES SOCIAIS – OCORRE NAS SOCIEDADES CAPITALISTAS.

SISTEMAS DE CASTAS ( Índia )

         NO SISTEMA DE CASTAS O FATOR DETERMINANTE PARA QUE O CIDADÃO OCUPE UMA POSIÇÃO NO SISTEMA DE CASTAS É ATRIBUÍDA POR OCASIÃO DO NASCIMENTO, INDEPENDENTEMENTE DE SUA VONTADE.
         ESTE SISTEMA NÃO OFERECE POSSIBILIDADES DE MOBILIDADE SOCIAL
         É UM SISTEMA RÍGIDO E FECHADO DE ESTRATIFICAÇÃO





SOCIEDADE ESTAMENTAL

         TIPO DE SOCIEDADE ENCONTRADO NA EUROPA OCIDENTAL DURANTE A IDADE MÉDIA (476-1453)
         PARA MAX WEBER O   CONCEITO   DE ESTAMENTO ESTA LIGADO A CERTOS VALORES COMO HONRA E PRESTÍGIO SOCIAL.
         A SOCIEDADE ESTAMENTAL É SEMIFECHADA.
         SEMELHANTE  EM  ALGUNS  ASPECTOS  AO SISTEMA DE CASTAS.
         A  POSIÇÃO  SOCIAL  DA  PESSOA  EM  UMA  SOCIEDADE ESTAMENTAL  LHE  É  ATRIBUÍDA DESDE O NASCIMENTO
         NA  SOCIEDADE  ESTAMENTAL  A  MOBILIDADE SOCIAL É DIFÍCIL MAS NÃO IMPOSSÍVEL.

COMO ACONTECE A MOBILIDADE SOCIAL NA SOCIEDADE ESTAMENTAL

1 – NOS CASOS EM QUE A IGREJA RECRUTAVA   SEUS  MEMBROS ENTRE OS MAIS POBRES.
2 – QUANDO OS SERVOS ERAM EMANCIPADOS   POR    SEUS SENHORES.
3 – NO CASO DE O REI CONFERIR UM TÍTULO DE NOBREZA A UM HOMEM DO POVO.
4 – QUANDO A FILHA DE UM COMERCIANTE SE CASAVA COM UM NOBRE, PASSANDO A INTEGRAR, ASSIM, O ESTAMENTO ARISTOCRÁTICO (NOBREZA).

SOCIEDADES DE CLASSES

         ORIGINÁRIA DAS SOCIEDADES CAPITALISTAS.
         KARL MARX FOI O PRINCIPAL ESTUDIOSO DESTA SOCIEDADE.
         AS DUAS GRANDES CLASSES DESTE SISTEMA SÃO: BURGUESIA E PROLETARIADO.
         BURGUESIA – PROPRIETÁRIOS DOS MEIOS DE PRODUÇÃO (PROPRIETÁRIOS).
         PROLETARIADO – DETENTORES APENAS DA SUA FORÇA DE TRABALHO (NÃO PROPRIETÁRIOS).
         NA SOCIEDADE DE CLASSES AS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO VÃO DAR ORIGEM A CAMADAS SOCIAIS DIFERENTES.
         NO SISTEMA DE CLASSES SOCIAIS OCORRE A MOBILIDADE SOCIAL

OBS:
- LÊNIN, LÍDER  DA  REVOLUÇÃO  RUSSA  DE 1917 E UM DOS GRANDES PENSADORES MARXISTAS, DEFINIU O SISTEMA   DE  CLASSES  DA  SEGUINTE  FORMA:  “AS CLASSES SÃO GRUPOS DE HOMENS RELACIONADOS DE TAL  FORMA  QUE UNS PODEM APROPRIAR-SE DO TRABALHO   DE  OUTROS   POR  OCUPAR   POSIÇÕES DIFERENTES  NUM  REGIME  DETERMINADO  DE  UMA ECONOMIA SOCIAL”.

-AS   CLASSES   SOCIAIS      EXISTEM  A  PARTIR DA RELAÇÃO QUE ESTABELECEM ENTRE SI.

-PORTANTO   NO   SITEMA  DE   CLASSES  SOCIAIS, AS CLASSES SÃO: ANTAGÔNICAS E COMPLEMENTARES

-SEGUNDO     MARX   E   ENGELS, TERIA     QUE   OCORRER     UMA REVOLUÇÃO,   POR     MEIO    DA QUAL A CLASSE TRABALHADORA SE LIBERTARIA,  DESTRUINDO  A DOMINAÇÃO   DA  BURGUESIA  E SUBSTITUINDO    O     MODO   DE PRODUÇÃO   CAPITALISTA  PELO MODO DE PRODUÇÃO SOCIALISTA



MOBILIDADE SOCIAL

CONCEITO:  MOBILIDADE  SOCIAL  É A MUDANÇA  DE   POSIÇÃO  SOCIAL,  DE STATUS, DE UMA PESSOA (OU GRUPO DE PESSOAS)    NUM     DETERMINADO SISTEMA DE ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL

TIPOS DE MOBILIDADE SOCIAL
         VERTICAL ASCENDENTE OU DE ASCENSÃO SOCIAL.
         VERTICAL DESCENDENTE OU DE QUEDA SOCIAL.
         MOBILIDADE SOCIAL HORIZONTAL.

MOBILIDADE VERTICAL ASCENDENTE

QUANDO A PESSOA MELHORA SUA POSIÇÃO NO SISTEMA DE ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL, PASSANDO A INTEGRAR UM GRUPO ECONOMICAMENTE SUPERIOR A SEU GRUPO ANTERIOR.

MOBILIDADE SOCIAL DESCENDENTE

         QUANDO A PESSOA PIORA DE POSIÇÃO NO SISTEMA DE ESTRATIFICAÇÃO, PASSANDO A INTEGRAR UM GRUPO ECONOMICAMENTE INFERIOR


MOBILIDADE SOCIAL HORIZONTAL

         É    UMA   MUDANÇA   DE   UMA POSIÇÃO  SOCIAL  DENTRO DA MESMA CAMADA SOCIAL.
         EXEMPLOS
-   MUDANÇA DE PARTIDO POLÍTICO (MUDANÇA IDEOLÓGICA).
-   MUDANÇA DE RELIGIÃO.
-   CASAMENTO DE DUAS PESSOAS         COM   O  MESMO  NÍVEL  SOCIAL.
-   A MUDANÇA  DO INTERIOR PARA OS GRANDES  CENTROS PODEM ALTERAR  OU   MUDAR  AS SUAS POSIÇÕES  IDEOLÓGICAS    QUE ANTES ERAM MAIS FECHADAS E CONSERVADORAS TORNANDO-SE MAIS LIBERAIS.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

3º BIMESTRE - 3º ANO SOCIOLOGIA - CIEP 310 E CERGS - AULA SOBRE CIDADANIA

CIDADANIA

Breve origem etimológica
  • Civitas (gregos)
  •  A pólis grega era uma cidade-Estado fortificada para resistir ao inimigo de guerra. Era preciso uma grande solidariedade e a constituição de um corpo político entre os habitantes da pólis
Para Aristóteles, um dos principais filósofos gregos, cidadão era quem podia escolher representantes nas assembléias, julgar e exercer funções ou cargos públicos. As crianças, as mulheres, os escravos e os metecos não eram considerados cidadãos.
O que é Cidadania?
  • Cidadãos são os portadores de direitos, portanto, TODOS (teoricamente)
  • Cidadania e Direitos Humanos: realização de uma sociedade compartilhada por todos, garantindo o acesso universal ao espaço público e à dignidade
  • Cidadão é quem pertence à sociedade (todos pertencem à sociedade?) ; Cidadão -> Cidade : Cidadão é quem faz parte da cidade
  • A condição humana básica (o direito a ter direitos) “significa pertencer, pelo vínculo da cidadania, a algum tipo de comunidade juridicamente organizada e viver numa estrutura onde se é julgado por ações e opiniões”
  • Liberdade + Igualdade = CIDADANIA (Rousseau)
  •  Não basta ser cidadão apenas formalmente
A sociedade democrática (repleta de diferenças e desigualdades) precisam ter valores comuns, para haver identidade entre os diferentes grupos de uma mesma sociedade


Considerações sobre a Cidadania no Brasil
  • Direitos Civis – Direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a Lei...
  • Direitos Políticos – Direito de participar politicamente da sociedade, votando e sendo votado, participando de partidos políticos, associações,...
  • Direitos Sociais – Participação da sociedade no governo; divisão da riqueza pública: direito à saúde, educação, aposentadoria...
Na Inglaterra, surgem os direitos civis (XVIII), depois os direitos políticos (XIX) e, por fim, os direitos sociais (XX). A educação popular foi a condição primordial para a construção da cidadania
Considerações sobre a Cidadania no Brasil

Cidadania no Brasil-Colônia (1500-1822)

  • Dizimização dos índios
  • Não havia poder público no Brasil
  • Portugal não permitia a criação de universidades em suas colônias, diferentemente da Espanha
  • A população ficou excluída dos direitos civis e políticos e sem a existência de um sentido de nacionalidade
  • Os portugueses deixaram um país com unidade territorial, lingüística, cultural e religiosa, mas uma população analfabeta, uma sociedade escravocrata, uma economia monocultora e latifundiária
Considerações sobre a Cidadania no Brasil

Cidadania no Brasil-Império (1822-1889)
  • A Independência do Brasil foi pacífica, foi uma Independência negociada entre as elites (o povo não lutou pela independência)
  • A notícia da Independência só chegou depois de três meses nas capitais das províncias mais distantes
  • Na época da Independência, numa população de cerca de 5 milhões, incluindo 800 mil índios havia mais de 1 milhão de escravos
  • Na época da Independência, numa população de cerca de 5 milhões, incluindo 800 mil índios havia mais de 1 milhão de escravos13% da população adulta masculina votou – excluindo os escravos
  • De 1822 a 1930 houve eleições ininterruptas, embora elas fossem bastante fraudulentas – cabresto
  • Guerra do Paraguai: surge o sentimento de nação no Brasil
Considerações sobre a Cidadania no Brasil

Cidadania na República Velha (1889-1930)

  • “O Povo Assistiu Bestializado a proclamação da república”, julgou tratar-se de uma "parada militar"
  • De 1890 – 1930: política dos coronéis – elites locais – Política café com leite (SP – MG) – eleições fraudulentas
  • O Brasil foi o último país ocidental de tradição cristã a libertar os escravos
  • Direitos civis só na lei
  • Não havia justiça, poder verdadeiramente público ou mesmo cidadãos civis. Assim, também não poderia haver cidadãos políticos. Mesmo que lhes fosse permitido votar, eles não teriam as condições necessárias para o exercício independente do direito político
  • Grande propriedade: coronelismo e monocultura de exportação (cana, algodão, café)
  • Entre 1881 e 1925: “O Brasil não tem povo” Louis Couty
Considerações sobre a Cidadania no Brasil

Cidadania no Brasil-pós 1930
  • Já na década de 1920 inicia-se o processo de industrialização do Brasil, trazendo muitos imigrantes que vinham para trabalhas nas indústrias – mov. operário
  • Em 1920, em 30 milhões de habitantes, apenas 24% sabiam ler e escrever
  • até 1930 não havia povo organizado politicamente nem sentimento nacional consolidado
  • “Cidadão em negativo”
  • A partir de 1930, houve aceleração das mudanças sociais e políticas, a história começou a andar mais rápido
Considerações sobre a Cidadania no Brasil

Cidadania no Brasil-pós 1930

  • O período 1930-1945 é marcado pela conquista de muito direitos civis (principalmente trabalhistas – Vargas)
  • 1937 – 1945: regime ditatorial civil
  • 1945 -1964 – período democrático: populismo, nacionalismo – Direitos Políticos
Considerações sobre a Cidadania no Brasil

Cidadania no Brasil da Ditadura (1964-1984)

  • Direitos Civis e Políticos restringidos pela violência
  • Bipartidarismo
  • Atos Institucionais – Cassação dos direitos políticos
De acordo com Marshall, os direitos deveriam ser conquistados na seguinte ordem
1º - DIREITOS SOCIAIS
2º - DIREITOS POLÍTICOS
3º - DIREITOS CIVIS
No Brasil, a pirâmide dos direitos sociais foi colocada de cabeça para baixo
1º - DIREITOS CIVIS
2 º- DIREITOS POLÍTICOS
3º - DIREITOS SOCIAIS

Conseqüências da pirâmide “virada”
  • Excessiva valorização do poder Executivo (pois foi esse o poder que “deu” os direitos sociais)

  • Busca por um “messias” político, um “salvador da pátria”
  • Desvalorização do Legislativo (o desprestígio de vereadores, deputados e senadores sempre é maior, por exemplo)
  • Visão corporativista dos interesses coletivos (os direitos sociais não são direitos de todos, mas de quem negocia melhor com o governo)
  • Os eleitores desprezam os políticos, mas continuam votando neles por benefícios pessoais



Questões centrais no atual debate sobre a CIDADANIA

  • Problemática do gênero (não apenas uma questão de feminismo, uma questão de inclusão social); do idoso, da criança,... Enfim, CIDADANIA E DIREITO A DIFERENÇA

  • Direitos das minorias que não são questões só das minorias: cotas?

  • Direitos universais? É necessário a busca da igualdade com respeito às diferenças

3º BIMESTRE - 3º ANO SOCIOLOGIA - CIEP 310 E CERGS - AULA SOBRE DEMOCRACIA

DEMOCRACIA
Teoria Clássica ou Aristotélica
Nessa teoria, a Democracia é tida como governo do povo.

Se diferencia da Monarquia, como governo de um só.

E da Aristocracia, como governo de poucos.

Teoria Medieval

De origem romana.
Apoiada na soberania popular;
Derivando do povo e se tornando representativo;
Uma forma ascendente de poder.

Teoria Moderna ou Teoria de Maquiavel

“todos os Estados, todos os domínios que tiveram e têm império sobre os homens, foram e são ou repúblicas ou principados”. Maquiavel.

Segundo essa teoria, há apenas duas formas de governo: a Monarquia e a República.

Democracia e Liberalismo

A discussão em torno da democracia se foi desenvolvendo principalmente através de um  confronto com as doutrinas políticas dominantes no século XIX, o Liberalismo de um lado e o socialismo de outro.

Democracia e Socialismo

No socialismo, em suas diferentes versões, o ideal democrático é um elemento integrante e necessário, mas não constitutivo.

Integrante
– Pois uma das metas do socialismo foi o reforço da base popular do estado.

Necessária
-Porque sem esse reforço não seria jamais alcançada aquela profunda transformação da sociedade que os socialistas das diversas correntes sempre tiveram como perspectiva.
Porém não constitutivo do socialismo

-Porque a essência do socialismo sempre foi a idéia da revolução das relações econômicas e não apenas das relações políticas da emancipação social.
Democracia e elitismo

-As criticas do liberalismo à Democracia Direta e do socialismo à Democracia Representativa, são baseadas em pressupostos ideológicos
Formulou-se uma crítica à democracia entendida exatamente em seu sentido tradicional de doutrina da soberania popular.  Essa crítica pretendeu fundar-se exclusivamente sobre a observação dos fatos, uma crítica não ideológica, mas científica.


-Alguns autores afirmam que, “a soberania popular é um ideal-limite e jamais correspondeu ou poderá corresponder a uma realidade de fato, porque em qualquer regime, qualquer que seja a fórmula política sob aqual os governantes e seus ideólogos o representem, é sempre uma minoria de pessoas, a classe política, aquela que detém o poder efetivo.
Democracia Formal e Democracia Substancial.

-Na linguagem política contemporânea, outro significado de Democracia que compreende formas de regime político.
Regimes

-O que se tem em comum é que Democracia perfeita, que até agora não foi realizada em nenhuma parte do mundo, sendo utópica, deveria ser simultaneamente formal e substancial.