quarta-feira, 4 de abril de 2012

CERGS - FILOSOFIA - TURMAS 2001 E 2002 - RACIONALISMO x EMPRISMO





RACIONALISMO E EMPIRISMO

René Descartes (1596 1660) é o pai da filosofia moderna. Descartes trata o problema do conhecimento como ponto culminante na filosofia. A teoria do conhecimento utiliza-se da relação entre o sujeito e o objeto do conhecimento, o pensamento e as coisas, o interno e o externo. Os dois filósofos que iniciaram a observação da capacidade humana entre a verdade e o erro são Francis Bacon, filósofo inglês, e como já citado, o filósofo francês René Descartes. Porém o primeiro filósofo que trata inicialmente da teoria do conhecimento é John Locke, filósofo inglês. Essa teoria torna-se, portanto, ponto central da filosofia a partir do século XVII; também pode ser definida numa perspectiva de senso comum como a primeira filosofia que estabeleceu as bases da ciência moderna e contemporânea. Contudo, a filosofia alemã, por volta da metade do século XVIII, começa a se ocupar de uma filosofia científica, e não mais metafísica, fazendo com que se inicie o empirismo inglês, e influenciando Immanuel Kant que critica a razão dentro do racionalismo, para determinar os reais objetivos do conceito racional, pois Kant é inserido em um período ao mesmo tempo empirista e racionalista.                                                                                                                             

1. Racionalismo Cartesiano                                                                             

Para reconhecer algo como verdadeiro, René Descartes considera necessário utilizar a razão e o raciocínio para transformar esse algo em idéias claras e distintas, com o objetivo de entender, estudar, compreender, analisar, criticar, questionar, o sistema, experimentar na razão e na ciência, ou seja, estudar racionalmente ecientificamente.                                            
Descartes utiliza-se de uma intuição primeira como fundamento para a construção da filosofia, que é a questão da dúvida que surge em si mesmo, ou seja, o próprio ser que duvida, pois se duvido penso, e se penso, logo existo: "Cogito, ergo sum", "Penso, logo existo".                       
À partir do princípio de Descartes em que tudo pode ser duvidado e tudo poder ser passível de dúvida, surgem vários tipos de ideias, algumas confusas, duvidosas, e outras distintas, claras. Contudo, essas ideias distintas, claras, são as ideias verdadeiras, inatas, inerentes, ou seja, não possíveis de erros pelo fato de surgirem da razão, como por exemplo, a ideia da perfeição de Deus. Para ter certeza que a razão não se engana pela realidade, Descartes toma como evidencia o que pode não passar de um erro de pensamento ou mesmo ilusão dos sentidos, e com isso, a ideia de Deus como um ser perfeito, pois ser um ser é perfeito, deve ter a perfeição da existência, caso contrário lhe faltaria algo para que fosse perfeito, portanto, Deus existe. Essas conclusões são possíveis a partir da sua metafísica, que é buscar a identidade da matéria e espaço, pois o mundo é formado pela mesma matéria em qualquer parte, sua extensão é infinita e o vácuo é algo impossível.                                                                                                                
Com a conseqüência do "cogito" surge o fato, Descartes tendo uma grande valorização da razão e do entendimento, partindo do cogito, descobrem-se todas as verdades possíveis, e esse método cartesiano mostra de que e como o mundo é feito, possibilitando o desenvolvimento das ciências e os caminhos da dominação humana diante da natureza, e é com isso que as ideias claras e distintas mostram o mundo como algo que pode ser avaliado com precisão. Em seguida, a ciência, ainda baseada em qualidades duvidosas, a partir do século XVII torna-se matemática, capaz de reduzir todo o universo à mecanismos que podem ser medidos através da geometria.             
 Uma outra conseqüência que surgiu é o dualismo psicofísico, ou seja, o ser humano como ser duplo, composto de substância pensante e substância extensa, Esse fato serviu de tema de discussão nos dois séculos seguintes, sendo o corpo objeto de estudo para a ciência, e a mente objeto de estudo para a reflexão filosófica.                     

2. Empirismo Inglês        
Empirismo significa experiência, e ao contrário do racionalismo, destaca como prioridade a experiência sensível no processo do conhecimento.                                                           
 No empirismo a experiência sensível é fundamental, e o que vem depois da razão depende dessa experiência. O empirismo questiona o caráter da verdade, pois o conhecimento parte da realidade referente ao ser humano, tempo e espaço.                      

2.1 John Locke                                                      
O empirismo inglês se inicia com o filósofo John Locke (1632 1704), conhecido como o teórico do liberalismo. Locke parte do ponto de vista cartesiano propondo o problema metafísico de Descartes como o problema do conhecimento, e com isso inicia sua filosofia partindo da pergunta: "Qual é a essência, qual é a origem, qual é o alcance do conhecimento humano?". Essa importante reflexão encontra-se em sua obra Ensaio sobre o entendimento humano.                    
Investigando a origem das ideias, Locke utiliza-se do caminho da psicologia, pois assim como para Descartes, qualquer pensamento é todo fenômeno psíquico em geral. Por esse caminho Locke também mostra que existe diante das ideias, a sensação, que surge com a mudança mental através dos sentidos; e a reflexão que é obtida pela alma através de tudo que diante dela ocorre.
Portanto, para Locke, as ideias simples que surgem das sensações, das reflexões, ou da combinação entre elas, são as ideias correspondente à uma realidade que existe em si e por si mesma. Já o que causa essas ideias simples é a "qualidade" dos objetos, porém nem tudo tem o mesmo valor ontológico e por esse motivo Locke diferencia essas percepções como as qualidades primárias, que são a extensão, a solidez, a forma, o movimento, o repouso, o número, a impenetrabilidade dos corpos; e as qualidades secundárias que são a cor, o odor, a temperatura, o som, o sabor, etc.                                                                   
Criticando a doutrina das ideias inatas de Descartes, afirma que o conhecimento só se inicia após a experiência sensível, pois se essas ideias existissem até mesmo uma criança teria desde que nascesse, a ideia de Deus como ser perfeito.

CERGS - SOCIOLOGIA - TURMAS 2001 E 2002 - MOVIMENTOS SOCIAIS - VÍDEO


DEFINIÇÃO: Processo pelo qual um grupo de indivíduos se envolvem num esforço organizado seja para mudar seja para manter alguns elementos ou aspectos da sociedade mais ampla.
CARACTERÍSTICAS:
- possuem organização
- têm um período de vida consideravelmente longo
- possuem uma ideologia
- identificação de objetivos
- programas e ações visando atingir seus objetivos