Algumas
relações entre os vários tipos de conhecimento
Ao considerar os nossos conhecimentos podemos
distinguir:
- O conhecimento por contacto (conhecer por experiência ou contacto sensorial pessoas, objectos, lugares, etc.).
- O saber-fazer (conhecimento prático, saber efectuar actividades).
- O “saber que” (ou conhecimento proposicional, e que consiste naturalmente no conhecimento de proposições).
Nalgumas situações essas formas de conhecimento podem relacionar-se umas com as outras de diversos modos. Noutras situações pode não haver relação.
Existem muitos problemas cuja resolução implica o recurso aos vários tipos de conhecimento.
Por exemplo: um cirurgião precisa de ter conhecimentos práticos relativos ao manuseamento dos instrumentos cirúrgicos, mas também precisa de ter numerosos conhecimentos proposicionais acerca da anatomia e fisiologia do corpo humano, das doenças e das melhores estratégias para executar as intervenções cirúrgicas; e precisa também de algum conhecimento por contacto de cada paciente.
Passa-se o mesmo com um mecânico ou com um engenheiro agrónomo.
Teste a sua compreensão explicando porquê.
O saber-fazer e o conhecimento por contacto podem muitas vezes dar origem a conhecimentos proposicionais.
No caso do saber-fazer, isso sucede principalmente quando as pessoas tentam descrever o que sabem fazer e explicam verbalmente como se faz.
No caso do conhecimento por contacto, isso sucede principalmente quando as pessoas tentam descrever algo que aprenderam por experiência, quando pôr em palavras algo conhecido através do contacto sensorial.
Por exemplo:
Uma pessoa que sabe andar de bicicleta pode (se quiser ajudar uma criança a aprender, se quiser escrever um livro sobre o assunto, etc.) exprimir o que sabe através de frases como “Para andar de bicicleta é preciso manter o equilíbrio” ou “Para andar de bicicleta e não cair não se deve inclinar o corpo para um dos lados”.
Uma pessoa que conheceu pessoalmente uma personalidade famosa, por exemplo o realizador cinematográfico Woody Allen, pode depois tentar exprimir as suas impressões através de frases como “O Woody Allen é uma pessoa tímida e reservada” ou “O Woody Allen mexe muito as mãos e tem uma dicção peculiar”, etc.
Essas frases exprimem proposições. Já não se trata apenas de saber-fazer ou de conhecimento por contacto, mas de conhecimento proposicional.
Teste a sua compreensão imaginando outros exemplos.
Podemos ter um conhecimento meramente proposicional relativamente a certas coisas, mas depois desenvolver em relação a elas conhecimentos práticos e por contacto, numa tentativa de aplicar e concretizar esse conhecimento proposicional.
Por exemplo:
Uma pessoa (eventualmente um preso, numa cadeia) pode recolher muitas informações sobre informática sem saber realmente trabalhar com um computador e só depois experimentar fazê-lo. Ao fazer isso estará a desenvolver um saber-fazer, já não se limitando o seu saber informático à mera posse de informações e teorias.
Essa mesma pessoa poderá recolher muitas informações sobre a cidade de Florença (ficando a conhecer muitos aspectos geográficos, económicos, artísticos, etc.) sem nunca lá ter ido. Mas se depois visitar Florença e for ver os lugares, monumentos, etc., acerca dos quais recolhera informações estará a complementar o conhecimento proposicional que já tinha com conhecimento por contacto.
Teste a sua compreensão imaginando outros exemplos.
No entanto, essas relações entre os diferentes tipos de conhecimento não ocorrem sempre. Há muitas situações em que essas modalidades de conhecimento se desenvolvem de modo independente.
Por exemplo:
Uma pessoa pode saber andar de bicicleta e nunca formular quaisquer proposições sobre o assunto. Nesse caso, o seu conhecimento é apenas um saber-fazer (que não poderia existir se a pessoa não tivesse conhecimento por contacto de bicicletas, mas que é diferente deste – como se comprova pelo facto de muitas pessoas que já viram e tocaram em bicicletas não saberem andar de bicicleta).
Uma pessoa pode conhecer pessoalmente o Woody Allen e nunca fazer quaisquer declarações acerca dele ou sequer pensar nele. Nesse caso, o seu conhecimento é apenas um conhecimento por contacto.
Uma pessoa pode saber imensas coisas a cerca da cidade de Florença e morrer sem a visitar. Nesse caso, o seu conhecimento de Florença terá sido sempre proposicional.
O saber-fazer e o conhecimento por contacto podem muitas vezes dar origem a conhecimentos proposicionais.
No caso do saber-fazer, isso sucede principalmente quando as pessoas tentam descrever o que sabem fazer e explicam verbalmente como se faz.
No caso do conhecimento por contacto, isso sucede principalmente quando as pessoas tentam descrever algo que aprenderam por experiência, quando pôr em palavras algo conhecido através do contacto sensorial.
Por exemplo:
Uma pessoa que sabe andar de bicicleta pode (se quiser ajudar uma criança a aprender, se quiser escrever um livro sobre o assunto, etc.) exprimir o que sabe através de frases como “Para andar de bicicleta é preciso manter o equilíbrio” ou “Para andar de bicicleta e não cair não se deve inclinar o corpo para um dos lados”.
Uma pessoa que conheceu pessoalmente uma personalidade famosa, por exemplo o realizador cinematográfico Woody Allen, pode depois tentar exprimir as suas impressões através de frases como “O Woody Allen é uma pessoa tímida e reservada” ou “O Woody Allen mexe muito as mãos e tem uma dicção peculiar”, etc.
Essas frases exprimem proposições. Já não se trata apenas de saber-fazer ou de conhecimento por contacto, mas de conhecimento proposicional.
Teste a sua compreensão imaginando outros exemplos.
Podemos ter um conhecimento meramente proposicional relativamente a certas coisas, mas depois desenvolver em relação a elas conhecimentos práticos e por contacto, numa tentativa de aplicar e concretizar esse conhecimento proposicional.
Por exemplo:
Uma pessoa (eventualmente um preso, numa cadeia) pode recolher muitas informações sobre informática sem saber realmente trabalhar com um computador e só depois experimentar fazê-lo. Ao fazer isso estará a desenvolver um saber-fazer, já não se limitando o seu saber informático à mera posse de informações e teorias.
Essa mesma pessoa poderá recolher muitas informações sobre a cidade de Florença (ficando a conhecer muitos aspectos geográficos, económicos, artísticos, etc.) sem nunca lá ter ido. Mas se depois visitar Florença e for ver os lugares, monumentos, etc., acerca dos quais recolhera informações estará a complementar o conhecimento proposicional que já tinha com conhecimento por contacto.
Teste a sua compreensão imaginando outros exemplos.
No entanto, essas relações entre os diferentes tipos de conhecimento não ocorrem sempre. Há muitas situações em que essas modalidades de conhecimento se desenvolvem de modo independente.
Por exemplo:
Uma pessoa pode saber andar de bicicleta e nunca formular quaisquer proposições sobre o assunto. Nesse caso, o seu conhecimento é apenas um saber-fazer (que não poderia existir se a pessoa não tivesse conhecimento por contacto de bicicletas, mas que é diferente deste – como se comprova pelo facto de muitas pessoas que já viram e tocaram em bicicletas não saberem andar de bicicleta).
Uma pessoa pode conhecer pessoalmente o Woody Allen e nunca fazer quaisquer declarações acerca dele ou sequer pensar nele. Nesse caso, o seu conhecimento é apenas um conhecimento por contacto.
Uma pessoa pode saber imensas coisas a cerca da cidade de Florença e morrer sem a visitar. Nesse caso, o seu conhecimento de Florença terá sido sempre proposicional.
- Tipos de Conhecimentos
Conhecer
é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer.
O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em
nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos
interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos.
Entre
todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e
transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que
aprendemos, por diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; somos
os únicos capazes de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele
registrar nossas próprias experiências e passar para outros seres humanos. Essa
característica é o que nos permite dizer que somos diferentes dos gatos, dos
cães, dos macacos e dos leões. Ao criarmos este sistema de símbolos, através da
evolução da espécie humana, permitimo-nos também ao pensar e, por conseqüência,
a ordenação e a previsão dos
fenômenos
que nos cerca.
Existem
diferentes tipos de conhecimentos:
1
- Conhecimento Empírico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum):
É
o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o
conhecimento adquirido através de ações não planejadas.
Exemplo:
1)
A chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta,
acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar;
2)
Criar software sem capacitação técnica ou superior, baseado na tentativa e
erro.
2 - Conhecimento Filosófico
É
fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre
fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais
do universo, ultrapassando os limites formais da ciência.
Exemplo:
1)
"O homem é a ponte entre o animal e o
além-homem" (Friedrich Nietzsche);
2)
“Em primeiro lugar, risco afeta acontecimentos futuros. Presente e passado não
preocupam, pois o que colhemos hoje já foi semeado por nossas ações anteriores.
A questão é mudando nossas ações hoje, podemos criar oportunidade para uma
situação diferente e possivelmente melhor para nós amanhã? Isso significa, em segundo
lugar, que risco envolve mudança, como por exemplo, mudança de pensamento,
opinião, ações ou lugares..., e em terceiro lugar, o risco envolve escolha e a
incerteza que a própria escolha envolve. Assim, paradoxalmente, o risco, como a
morte e os impostos, é uma das poucas certezas da vida.” (Robert Charette).
3
- Conhecimento Teológico
Conhecimento
revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser
confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.
Exemplo:
_
Acreditar que alguém foi curado por um milagre;
_
Acreditar em Duende;
_
Acreditar em reencarnação;
_
Acreditar no espiritismo.
4
- Conhecimento Científico
É
o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua
origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia
científica. Podemos então dizer que o Conhecimento Científico:
_
É racional e objetivo;
_
Atém-se aos fatos;
_
Transcende aos fatos;
_
É analítico;
_
Requer exatidão e clareza;
_
É comunicável;
_
É verificável;
_
Depende de investigação metódica;
_
Busca e aplica leis;
_
É explicativo;
_
Pode fazer predições;
_
É aberto;
_
É útil.
Exemplo:
_
Descobrir uma vacina que evite uma doença;
_
Descobrir quais os problemas existentes no desenvolvimento de
software;
_
Descobrir como se dá a implementação de um sistema embarcado.
5
- Conclusão
Todos
os tipos de conhecimentos existentes possuem importâncias e refletem na
formação do indivíduo. Porém o conhecimento científico possui embasamento
sustentável, necessário para que seja possível realizar pesquisas e
desenvolvimentos de produtos que venham propiciaram soluções para os problemas
(Questões) encontrados